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A resistência do polo feminino

Segue abaixo um texto que nos foi passado pelo pessoal do Botafogo e que ilustra bem a razão de, apesar de todas as dificuldades, o polo aquático feminino brasileiro, e carioca em especial, continuar resistindo.









"JAMAIS DESISTIR
Sabemos que a prática de algumas modalidades esportivas no Brasil é fundamentada, na maioria das vezes, em ações que procuram mantê-las vivas para o bem do esporte.
Uma dessas modalidades é o Pólo Aquático feminino do Botafogo de Futebol e Regatas.
Sendo a segunda equipe do Rio de Janeiro, nos últimos anos, sempre lutou com dificuldade para manter um grupo mínimo de meninas com intuito de participar dignamente das competições nacionais e estaduais. Esse esforço está intimamente ligado a duas circunstâncias: abnegação de seu Diretor de Pólo Aquático Ique, que nunca desistiu de manter sua equipe feminina mesmo nos piores momentos, e a cumplicidade de suas atletas que nunca se deram por vencidas.
Depois de muitas tentativas, principalmente na escolha do técnico, coube ao clube tentar mais uma cartada para deixar de ser coadjuvante no cenário nacional. Contratou para temporada de 2014 o veterano professor Ricardo Crivella para comandar suas atletas.
O início não foi nada alentador. Mais uma vez o trabalho teve que começar do zero. O objetivo inicial, então, foi resgatar a autoestima das atletas e, em seguida, tentar trazer de volta as atletas que estavam paradas.
Em dois de fevereiro começaram os treinamentos. Visando um novo momento, procurou-se implementar uma mentalidade e uma metodologia diferente nos treinamentos. A intenção era dar as atletas condições para evoluir gradativamente, uma vez que o primeiro campeonato (Taça Brasil Adulto) iria se realizar dentro de um mês e meio.
A expectativa foi atendida. Com trabalho diário e com um pouco da experiência adquirida ao longo dos anos, conseguiu-se montar um grupo para disputa dessa competição.
O resultado, diante da situação vivida, foi muito positivo. O grupo superou expectativas e só não conquistou a medalha de bronze em razão do saldo de gols ao final da competição.
Diante desse novo cenário, a filosofia de treinamentos foi aprimorada para se adequar melhor ao grupo e a resposta foi a melhor possível por parte das atletas, mostrando que o grupo era capaz de evoluir.
Em seguida veio o segundo desafio da temporada, o campeonato brasileiro sub-19. Ao conquistarmos o terceiro lugar dessa competição pudemos, mais uma vez, mensurar a resposta ao trabalho desenvolvido uma vez que tivemos três atletas convocadas para seleção nacional da categoria.
Hoje, estamos com oito meses de trabalho à frente da equipe feminina do Botafogo e com um grupo de 32 atletas. Estamos nos preparando para um Torneio na Argentina em outubro como preparatório para nossa participação na Liga Feminina, e como a consolidação desse primeiro ano de trabalho que se iniciou totalmente imprevisível e que se encaminha para um encerramento gratificante.

Gostaria de agradecer o apoio do nosso Diretor Ique, bem como do técnico Ângelo, pois sem esse apoio nada disso seria possível. Quero agradecer também a confiança depositada pelo meu maravilhoso grupo de atletas e enfatizar a minha satisfação em poder treiná-las. Gostaria apenas deixar um último recado. Vamos com tudo para Argentina e para Liga. Vamos mostrar o nosso potencial. Obrigado."

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