(foto: jobspapa) |
Como é difícil gostar de polo aquático no Brasil! Não é a toa que entra ano, sai ano, não se consegue formar um público consumidor de polo. O público na arquibancada tem sempre a mesma configuração: parentes dos atletas e, às vezes, alguns atletas da base da equipe mandante. Raramente se vê alguém que foi ao jogo porque gosta de polo aquático e acompanha os campeonatos. Nem ex-atletas, nem mesmo os praticantes amadores, ninguém se sente atraído pelos campeonatos que acontecem no Brasil.
Vou aproveitar esta matéria para comentar duas. Primeiro, sobre a contratação do Rudic. Ele pode ser o mais laureado técnico de pólo do mundo, mas não é mágico nem feiticeiro. Com a atual estrutura do nosso pólo, terá muitas dificuldades. Espero que consiga êxito dentro das metas traçadas pela CBDA que não sei quais são. Um pouco mais complicado para o canadense, uma vez que temos muito poucas meninas praticando e com muitas delas sem nenhuma ou quase nenhuma experiência profissional, o que não acontece com o masculino uma vez que foram repatriados o Felipe, o Tony (esse eu não sei se jogará a Olimpíada pelo Brasil) e o Adrià. E, segundo informações não oficiais, ainda tem a chance de se naturalizar alguns atletas. Portanto, ninguém deve achar que o pólo será campeão ou conquistará medalha. Só desejo sorte aos dois e que a CBDA trace metas sensatas, e que com todo esse investimento não sucumba a seus problemas internos.
ResponderExcluirÉ interessante observar o quanto as notícias desfavoráveis causam mais impacto dos que as favoráveis. Salvo, é claro , existem algumas exceções. Somente quem enxerga o polo aquático Brasileiro e Internacional com a visão encurtada quanto ao limite do horizonte , não enxerga o quanto evoluímos. É obvio que o Brasil não tem condições de uma disputa de medalha em 2016. Ficar ente os oito primeiros lugares seria um sonho, que por si só já estenderia a nossa linha do horizonte.
ResponderExcluirQuem algum dia teve a oportunidade de estudar desenho e principalmente perspectiva sabe que quando mudamos o ponto de vista , mesmo que a linha de horizonte não se altere, a visão do objeto focado muda , e se assim quisermos sempre para melhor. Ou seja dependemos de um ponto de vista melhor. O que acontece é que alguns sempre preferem olhar o objeto de forma destorcida permanecendo atrelado eternamente ao ponto de vista inicial.
Não querer admitir que o polo aquático Brasileiro tenha evoluído chega a ser cômico. Hoje somos tri – campeões Pan Americanos de Junior e nos últimos três anos nos mantivemos entre os dez melhores ranqueados na categoria em Campeonatos Mundiais.
No Senior temos tentado e testado alternativas , e agora partiremos para outro desafio. Contar com a experiência de um técnico renomado realmente não nos dá a certeza de uma medalha, e ainda acredito que uma oitava colocação será o mais próximo disso , mesmo contando com alguns possíveis nomes repatriados, o que não faria a mínima diferença na colocação final.
Acredito que a contratação do novo treinador nos deixará como legado uma definitiva mudança comportamental em relação aos atuais e futuros atletas convocados , muitos dos quais (pelo menos aos que sobreviverem ao treinamento) passarão de simples jogadores de polo aquáticos para atletas de polo aquático.
Chega de paternalismo, pessimismo, apadrinhamentos e principalmente perspectivas destorcidas !
Roberto Cabral
Chair,UANA TWPC