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A dialética do polo aquático no Rio de Janeiro

Segue abaixo, um artigo que nos foi enviado pelo sr. Ricardo Cabral, a respeito  da situação do polo aquático no Rio de Janeiro. Qualquer pessoa que quiser se manifestar sobre o assunto, pode fazê-lo através dos comentários, ou então, nos enviar, também, um artigo.


"A dialética do polo aquático no Rio de Janeiro

Que o polo aquático no Rio de Janeiro entrou há alguns anos numa rota de colisão não é novidade para ninguém. A situação começa ficar mais alarmante, agora, quando comparamos a situação com a de outro Estado, o de São Paulo, que por anos, dividiu com o Rio de Janeiro a responsabilidade de levar à frente a modalidade. Na verdade essa balança nunca foi completamente equilibrada e isso mantinha acesa a chama da competitividade. Alternava tendências para ambos os lados de desequilíbrios pontuais, mas que sempre se normalizavam. Me refiro ao número de equipes, números de atletas, número de títulos, número de atletas convocados para seleções e por aí vai.
Hoje, o polo aquático do Rio de Janeiro, pelo menos a nível de competição interna, sente na pele o seu fim amplamente anunciado e digamos que, mesmo não intencionalmente, foi muito bem articulado ao longo dos últimos anos. As pistas foram dadas e quem as seguisse não iria vislumbrar outro fim.
Que motivos reais ajudaram a conduzir à esse “quase trágico final? Não podemos afirmar, mas se levarmos em conta alguns indicadores, podemos listar algumas variáveis que impactaram diretamente nesse quadro:

1. A FARJ ( bem intencionada) passou por um período fértil anos atrás quando recebia suporte direto do Governo do Estado, e, ainda, dos “Bingos”, o que culminou com uma “desobrigação” dos clubes filiados a ela de dividir as contas com gastos de competições estaduais ( taxa de inscrição, arbitragem, aluguel de espaços, etc) e até mesmo de gastos de viagens interestaduais de suas equipes . O momento era próspero e surgia como um modelo ideal a ser compartilhado. Com a perda das facilidades anteriormente oferecidas, os clubes passaram a ter que gastar uma verba que não tinham mais em seus orçamentos, e talvez por uma desobrigação, passaram a fazer questão de não mais o terem. Foram inúmeras vezes que cansei de ouvir em reuniões realizadas na CBDA, críticas de clubes paulistas contra a FAP, acusando-a de não a ajudar suas filiadas, assim como fazia a FARJ, com as suas . Hoje, acredito que o discurso não seria o mesmo e quem se programou, provavelmente não está se lamentando;

2. Um outro importante aspecto, refere-se a “oportunidade”, a “compra”, o “assédio”, ou qualquer outro nome que queira ser dado, a saída de jogadores ainda bem jovens de clubes formadores para fortalecer outras equipes ou equipe mais favorecida economicamente no momento. A médio e a curto prazo, essa prática somada à políticas internas dos clubes ( pressionadas por quadro sociais, e ou falta de uma visão da importância de uma cultura esportiva no clube), levou ao fim duas equipes de tradição do polo aquático no Rio de Janeiro: O Clube de Regatas Guanabara e o Tijuca Tênis Clube;

3. A necessidade, por vezes desenfreada, de equipes ou equipe se fortalecer para competições (ou de enfraquecer outras) contratando praticamente todos os melhores jogadores do Estado, tirando de outras equipes a possibilidade de disputa é um outro aspecto de peso a ser considerado. Vale ressaltar que a competição, o interesse e a expectativa em relação ao resultado faz com que se mantenha a modalidade viva. Perdendo-se isso, perde o esporte. Não há dúvida que vivemos uma cultura de mercado onde quem tem mais pode mais e, nesse ponto não se pode culpar ninguém. Responsabilizar, talvez. Entretanto, parece que faltou em alguns momentos uma boa dose de bom senso e como consequência direta, aos poucos o polo do Rio de Janeiro está “matando a galinha dos ovos de ouro”. O quadro pode ser comparado aos sistemas de colheita onde a “queimada” tira a possibilidade de plantio fértil durante vários anos. O efeito é devastador.

4. Interesses pessoais, institucionais, financeiros, estão sendo considerados muito acima de um interesse coletivo maior que deveria ser a melhora e o desenvolvimento do esporte no Estado. Criar estratégias internas para se desenvolver não significa na verdade que não se pense num interesse realmente coletivo.

Diferente do que acontece no Rio de Janeiro, em relação ao desequilíbrio das equipes, (exceção feita em algumas categorias de base no masculino e no feminino, onde o Flamengo e Botafogo, continuam até quando não se pode garantir com um bom trabalho de base) em São Paulo, mesmo como amplamente sabido que o SESI-SP, é a equipe brasileira melhor estruturada economicamente e detentora de um projeto institucional forte, a mesma não provocou, como se propagava como uma profecia, o fim de outras equipes. Pelo contrário, foi um processo duro no início, mas gradativo, que permitiu, ainda, que outras equipes se preparassem também, a médio prazo, para enfrenta-la em competições. Em outras palavras houve uma adequação do mercado. Alguns clubes sentiram o impacto inicial mas se reinventaram e se mantiveram na disputa.
O último Boletim da CBDA que convoca para a Seleção Brasileira para um treinamento na Europa evidencia esse fato. Antes que seja mal interpretado, quero dizer que todos os convocados, sem exceção, merecem estar convocados. Me refiro, apenas, na concentração dos mesmos, o que caracteriza o referido desequilíbrio e o antagonismo da realidade do polo no Estado. Dos 15 jogadores convocados, 06 pertencem ao Fluminense.FC /BYY Mellon ( mérito para a equipe), isso corresponde a 40% dos atletas convocados e a 100% dos atletas representantes do Estado do Rio de Janeiro. De São Paulo, o Esporte Clube Pinheiros, contribui com 05 jogadores (33,3%), o SESI –SP com 02 jogadores (13,3%), o C.A.Paulistano com 1 jogador (6,6%) e da mesma forma a A Hebraica com 1 jogador também.
O jogo está na mesa. Quem apostou alto e “venceu temporariamente” pode estar dando um tiro no pé a médio ou a curtíssimo prazo. Como diz a propaganda “está na hora de rever alguns conceitos” ou pior ainda a expressão “quando acabar o último a sair fecha a porta” . Ainda há tempo. A busca de um equilíbrio entre vencer sem devastar o terreno impedindo seu recomeço talvez seja um grande desafio. Um outro, será a união, mesmo diante de divergências dos clubes ( e de pessoas envolvidas e comprometidas) interessados para a criação de estratégias que compense a falta de recursos e estrutura necessárias, hoje, tão escassas da FARJ.
Esperar por um milagre sem fazer nada, será perda de tempo e não vai adiantar nada colocar a responsabilidade na CBDA para que se faça campeonatos mais longos para compensar, porque no final, hoje, somente um terá recursos para pagar a conta. Vivemos, ainda, ( e talvez por muito tempo) da cultura dos campeonatos regionais, e não é só no polo aquático. Não adianta, também, falar em rankeamento ( que seria o ideal) para equilibrar competições, pois o esporte de uma forma geral não é profissional e o direito de ir e vir deve ser preservado. Acho que por enquanto deve prevalecer o bom senso.
Para finalizar, só mais uma informação importante. A FAP em menos de 15 dias de atividades realizou mais de 20 jogos em várias categorias. Ou os clubes do Rio adotam estratégias de realização de Torneios Internos, com baixo custo, buscando parcerias, trabalho voluntário, venda de camisas, rifas, e etc, criando dessa forma um comprometimento maior ou o desequilíbrio mencionado acima em pouco tempo se transformará, também, num desequilíbrio técnico muito perigoso.


Ricardo G. Cabral
Gerente de Polo Aquático CBDA"

Comentários

  1. 1) A FARJ não conseguiu levar o pólo (digo escolinhas) a nenhuma cidade do interior do estado. Ou seja, não temos uma equipe no interior.

    2) O América FC tentou mas não conseguiu levar à frente sua escolinha.

    3) Dos anos 2000 para cá, além de Guanabara e Tijuca, o Vasco da Gama também acabou com seu time, sem contar o América.

    4) Com tantas piscinas em tantos clubes da capital e do interior, é difícil imaginar que o Rio tenha apenas 3 times masculinos e 2 femininos.

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  2. Prezado Cabral, bom dia. Já que vc comentou sobre a inevitável morte do pólo no RJ, tenho algumas perguntas a fazer: 1 - Se a tal política da "terra arrasada" continua a ser praticada e foi detectada muito antes do efeito devastador que ela está causando ao pólo no RJ, por que não foram tomadas providências para evitá-la ou pelo menos minimizá-la? 2 - Com relação a falência, mais do que anunciada da FARJ, pelo nenos no que diz respeito ao pólo, a CBDA aceitaria a criação de uma liga no RJ para tentar salvar o esporte? 3 - Quais as medidas que a CBDA, perante esse quadro nefasto do esporte brasileiro, pretende tomar para que não fiquemos sem o esporte no RJ?

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  3. Emir, acho que você não leu todo o texto. Eu coloquei que está anunciado mas ainda há tempo, desde que haja um bom senso, e um comprometimento maior de todos os envolvidos. Não vejo que o momento seja de criar uma Liga, e sim dos clubes ( interessados diretamente), criem mecanismos de oferecer, agora, uma contrapartida a FARJ que ajudou os clubes durante muito tempo a manter o polo aquático. É hora de somar e não de dividir. Por exemplo, porque não a criação de um circuito Júnior onde cada clube fosse o responsável pela organização de uma etapa com o apoio institucional da FARJ? É difícil, acho que não. Criar estratégia para captar algum recurso ( patrocínio, doação, rifa, venda de camisa, sorteio), serviço voluntário, marketing interno no clube, etc podem ser algumas idéias. Discordo, apenas, do "quadro nefasto". O polo está passando por um momento de transição ( amador/profissional) e algumas coisas devem ser repensadas, principalmente, por aqueles que no momento detem o maior poder de mercado. Acho que precisamos como coloquei de bom senso e promover alguns ajustes.
    Ricardo Cabral

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  4. Por que até o momento não constam da relação do Bolsa Atleta 2013 as competições do Pólo Aquático?

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  5. SO PARA LEMBRAR A VINTE ANOS ATRAS PASSAMOS POR UM MOMENTO PARECIDO
    E PERDEMOS UMA DAS MELHORES GERAÇÕES QUE FOI DE 76 A 78 AONDE UM CLUBE TINHA O COMANDO DE ATLETAS , EVENTOS ,E O PIOR ESSE TOMOU CONTA DAS ,
    CONVOCAÇÕES PREJUDICANDO TODA A ESSA GERAÇÃO INFELIZMENTE ACHO QUE.
    O MOMENTO NÃO E SO DOS CLUBES MAIS DE TODOS ACHO QUE ASSIM O POLO SE LEVANTARA NOVAMENTE MAIS NÃO PODE SE PERDER TEMPO ACUSANDO A OU B.
    ESSE ESPORTE SEMPRE TEVE NO MEU SANGUE E NO DO MEUS FILHOS GOSTARIA MUITO DE ESTAR ENVOLVIDO NO POLO NESTE MOMENTO,


    RICARDO CRIVELLA

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  6. Cabral, desculpe por sá estar lendo a sua resposta agora. Li seu texto todo sim. Acho que vc é que não me entendeu. Vc fala em "comprometimento de todos" e no seu texto original vc cita: "3. A necessidade, por vezes desenfreada, de equipes ou equipe se fortalecer para competições (ou de enfraquecer outras) contratando praticamente todos os melhores jogadores do Estado, tirando de outras equipes a possibilidade de disputa é um outro aspecto de peso a ser considerado. Vale ressaltar que a competição, o interesse e a expectativa em relação ao resultado faz com que se mantenha a modalidade viva. Perdendo-se isso, perde o esporte. Não há dúvida que vivemos uma cultura de mercado onde quem tem mais pode mais e, nesse ponto não se pode culpar ninguém. Responsabilizar, talvez. Entretanto, parece que faltou em alguns momentos uma boa dose de bom senso e como consequência direta, aos poucos o polo do Rio de Janeiro está “matando a galinha dos ovos de ouro”. O quadro pode ser comparado aos sistemas de colheita onde a “queimada” tira a possibilidade de plantio fértil durante vários anos. O efeito é devastador." Como agora vc vem pedir união em prol da salvação do pólo no RJ? Desculpe meu amigo, mas com gente trabalhando dessa forma jamais haverá união ou interesse em manter o pólo competitivo no RJ infelizmente.

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  7. Oi meu nome é Cyro e sempre leio o que se fala no site potoff, estou intrigado com um aspecto só, as escolinhas realmente eu entendo, sei, vivi e concerteza não traz lucro para clube nenhum. Mais entendo pois passei pelo TTC de 1992 até 1997, no GB de 1998 até 2000, parei até 2005, em 2006 voltei ao GB para treinar e derrepente beliscar uma vaga para jogar campeonatos oficiais e nesse período comecei a pagar para poder treinar e algumas vezes jogar, em 2010 joguei pelo América e depois voltei ao GB ou seja nunca contribuí com clube nenhum e sempre reclamei da estrutura de todos os clubes que frequntei, hj mais velho vejo como vi os clubes odiarem esse esporte, pois natação, musculação, futebol, vôlei, basquete, tudo sempre foi e é pago para fazer, o pólo não e hj responsabilizo na maior parte essa filosofia adotada. Solução para isso, para salvar o pólo, na minha opinião é investir na massa consumidora, e hoje quem é? Ex atletas e hj praticantes que amam esse esporte e querem jogar aquele coletinha, o TTC com Rafael Hall tem feito isso 30 ex atletas em média no Tijuca para jogat coleta de 18 às 22. Pagando todos pagando por isso. Ano passado estive representando o gb em duas competições de caráter de segunda divisão feitas com a chancela da CBDA em Salvador e SP e vi mais times e mais gente envolvida do que nas competições ditas de primeira divisão que contem atletas remunerados(custo ao clube) e sem retorno iminente, o que quero dizer qur primeiro atingimos o mercado consumidor e depois pensamos na qualidade. Quantidade para depois chegar em qualidade. Hoje pago e faço o único esporte que consigo praticar e pago por isso e sei que tem muitos tb querendo isso, podia ser no Vasco, no América, no GB ondr for un empurrão voltado para massificar. Fica a dica.

    Cyro touca 3 nascido em 1980 amante incondicional desse esporte.

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  8. Cyro,
    Concordo 100% com você em suas colocações e é por isso que criamos a segunda divisão da qual você participou. O objetivo no início é manter , criar ou recriar um público consumidor de polo aquático. Tenha certeza de que após essa primeira fase vamos criar mecanismos de uma cobrança tecnica maior . Você levanta uma questão interessante a qual sempre discuti. O atleta de polo aquático sempre teve tudo de graça e não se criou uma cultura contrária sobre isso. Ao contrario de outras modalidades o jogador só contribui com a sua sunga ( as vezes). Nunca pagou taxa de inscrição, nunca contribui para compra de material ( bola!!!), e etc. Cabe ao clube pagar o tecnico, água, luz, cloro, inscrição ( as vezes viagens). Mas o pior é que tem sempre gente reclamando do que tem e pouco faz para melhorar a situação interna do clube. Pior ainda é que isso reflete ( melhorou bastante) na seleção brasileira. Não adianta dizer que gosta do polo. Tem que mostrar que gosta do polo e a melhor maneira é o comprometimento. Segundo algumas pesquisas de consumo esportivo, o comprometido é aquele que gasta tempo e dinheiro naquilo que faz. Caso contrário é apenas um envolvido.
    Abraços
    Ricardo Cabral
    Abraços

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  9. Prezado Cyro, entendo sua indignação. Sei que é prazeroso fazer aquilo que se gosta. O projeto hj desenvolvido pelo Raafael Hall no TTC é muito legal e, sem dúvida, vem sendo um sucesso. Mas esse sucesso tem só um motivo. Quem vai lá, paga e pratica seu esporte favorito é porque escolheu ser assim. Não existe o comprometimento de ir treinar todos os dias. Comparo as peladas de final de semana ou de qualquer dia da semana, que praticamos, eu pelo menos faço isso há 30 anos, pago minha mensalidade, jogo meu futebol com meus amigos, coloco o papo em dia e depois bebo minha cerveja. O problema é que precisamos ter alguém pra competir. E, pra isso, é necessário ter comprometimento. Senão, esqueçamos o pólo a nível de competição e passemos a praticá-lo de forma descompromissada, como o projeto atual do TTC. Participação apenas nos Torneios da Chapada, de Salvador, etc. Maravilha, sem compromisso como todos nós gostaríamos que fosse a vida. Estar com os amigos, praticar o seu esporte predileto em lugares paradisíacos e... cerveja!!!! Eu acho que o caminho pode ser esse mesmo, pois o pólo aquático praticado no Brasil com propósito de competição está fadado a falência.

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  10. Prezado Crivella, sei muito bem o quanto vc ama o pólo e o quanto vc e seus filhos tem de comprometimento com esse esporte. Não resta dúvida que vc pode vir a ser a pessoa que poderá reorganizar o esporte no RJ, uma vez que vc possui inúmeros amigos dentro do esporte. Por acaso vc já tentou falar com o presidente da FARJ pra ver o que pode ser feito? Se vc precisar de algum ajuda é só entrar em contato.

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  11. O Hall saiu do Flamengo ?

    Lucas SP

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  12. Emir vou tentar esclarecer, enquanto for um esporte de poucos e sem o comprometimento dos atletas financeiramente, os clubes, os patrocínios, a qualidade técnica nunca vai crescer, para ter jogadores de nível Croata, Sérvio, Montenegro e Húngaro manda 13 jogadores para ficar treinando com eles lá que está resolvido, não vai estar sabe pq? Pq não temos mecânica de chute e perna como eles, não temos 3 mil pessoas nos jogos adultos, não temos quantidade de gente querendo isso, precisamos volto a dizer, ter quantidade, muita gente, vivendo pólo, treinando pólo, amando pólo, qualidade vem depois que tivermos quantidade. Público alvo esse é o ponto, joguei um breve periodo de tempo futebol americano de praia como linha de defesa, sabe quantos praticantes tinha? 60 só no meu time, um time, um jogo ou seja precisamos alcançar quem paga e gosta desse esporte para depois pensar em ganhar qualquer coisa. Esporte forte é esporte de massa.

    Desculpe-me ser um pouco mais enérgico no comentário mais todos queremos o melhor para o pólo só que cada um com seu modo de pensar.

    Cyro touca 3 amor total ao esporte.

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  13. Cabral, hoje treino, pago meu clube, sinto vontade de ir para o centro, me decladiar com 2 ou 3 caras, repito pago o clube que frequento, motivado não só por amor ao esporte e por minha saude e também pq sei que a cbda vai organizar em 2013 campeonatos como o de Salvador (bicampeão pelo GB) e o de SP(quinto colocado) conto muito com esses eventos e muitos que pagam e frequentam o TTC também estão nessa espectativa e tb contando com vc e com a cbda para a realização do mesmo. Essa iniciativa da segundona tem que continuar nesse batida para que outros clubes tenham interesse de ter atletas praticando e pagando o pólo aquático, um circuito da segundona rezo todo dia para que tenha, interesse muitos tem em jogar e pagar pelo esporte, resta agora essa motivação e arrecadação para os clubes voltarem a ter esse esporte em suas piscinas, como receita e nunca como despesa.

    Cyro touca 3 fidelidade total ao pólo.

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  14. Emir,
    Minha filha mais nova nada o mirim 2 pelo Fla,este ano já paguei renovação na FARJ ( R$ 60,00) ,uma competição no Olaria na qual ela nadou duas provas ( 40,00) e final do mês tem outra com quatro provas (80,00) ,é claro que é super caro,mas todos pagam! No SUDESTE ( são dois no ano ) o clube não paga Hotel,Transporte,Alimentação e Inscrição.
    Roberto Cabral

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  15. Prezados Cyro e Cabral, sinceramente não entendi nada do que vcs estão tentando dizer. Eu não falei em momento algum que o clube não tem que cobrar pelas suas escolinhas. Não falei nada sobre a Federação realizar eventos gratuitos. Mesmo com uma visão um pouco diferente dessa que vcs estão comentando, acho que pra massificar o pólo ele tem que ser de graça. Sua prática tem que ser incentivada em todos os clubes, em praias, nos rios, onde tiver água. Cyro, vc fala em massificar. Como vc vai massificar um esporte que pra sua prática da forma que vc falou (mecânica de chute, alternada, etc) precisa de treinamento diário e de uma piscina? O que falta no meu entendimento é divulgação, é fazer o que a FAP está fazendo. Por que lá em SP eles conseguem e nós no RJ não? Sinceramente, falta gente disposta em tomar a frente dos problemas e buscar soluções. Os clubes tem que se unir? Sim. Mas será que "Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado" vai querer? Acho que, na verdade toda essa discussão é inócua se não forem tomadas medidas urgentes pra salvar o pólo no RJ. E aí, eu digo que pais, atletas, técnicos, dirigentes, enfim todos os amantes desse esporte devem se unir o mais rápido possível pra tentar salvá-lo antes que seja tarde demais.

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  16. Concordo com Emir, acho que o pólo deveria ser de graça, acho que os outros esportes são pagos por darem lucro, no pólo infelizmente não dará esse lucro investidos dos outros esportes, além de que para se jogar pólo hoje em dia exige muito comprometimento e tempo da parte do atleta, e como é um esporte que não dá lucro não valeria a pena.
    Penso que devria ser massificado e divulgado, por parte dos clubes, fazer um sorteio nos jogos principais por exemplo, atraindo outro tipo de público, a maioria do público do pólo do brasil hoje é de pais,familiares e ex-atletas.
    Outra sugestão é não segurar os meninos sem ultilidades nos clubes, para poder formar outra equipe competitiva, logo não vejo solução porque seria apenas uma questão de tempo pra vir outro clube e contratá-lo, mas seria uma solução temporária.
    Acho que a solução geral seria investimento de algum outro clube para formar uma equipe competitiva.
    Essa é minha humilde opinião ...
    Abraços. Marcos - RJ

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  17. Praticar Polo Aquático é muito difícil, tem que aprender a nadar, chutar, alternada, marcação, homem a mais, homem a menos, em suma é preciso investimento de tempo, de exemplo e financeiro. Vou evangelizar minha argumentação: "Ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando crescer, não se desviará dele.” Não sou evangélico, usei o proverbio pois ele é a ideia que pretendo passar.
    Culpar ou elogiar A ou B, neste momento nada vai acrescentar ao Esporte, refiro-me a pratica esportiva e não a POLITICA ESPORTIVA, este talvez, seja um dos maiores problemas do esporte, mas que podemos resolver depois.
    Tenho 46 anos e faço musculação com o professor Mario Vassoura e treino Polo Aquático com os professores Rafael Hall e Leonardo Bastos todos os dias no Tijuca , portanto me considero um atleta e não um peladeiro de fim de semana, ensinei meu filho Manoel de 15 anos a nadar e ele começou a treinar também, Jose Reinaldo um amigo ha 35 anos treina e leva seus filhos todos os dias para treinar, Borel atual diretor do Polo TTC, também treina e leva seu filho, Cyro Carlos coloca seu filho de 04 anos também na agua; foi desta maneira, que reacendemos a chama do Polo no Tijuca hoje entre crianças, jovens, homens e másters já somos mais de 80 ATLETAS e desta maneira, em pouco tempo, 1 ou 2 anos o maçarico vai estar a toda pressão.
    Em Pernambuco meu amigo Cainã, (fazendo estagio no Japão) junto com passarinho, Francis Lammy em Natal, Diego Albuquerque em Salvador, Claudia Heusi e as superpoderosas em Florianopolis, temos expoentes de grande valia que nada ganham do esporte e sim, ganham com o Esporte.
    Por isso falo com muito propriedade e concordo com meu amigo Cyro, é preciso difundir o Polo Aquatico profissionalizar os meios de divulgação, faze-lo ser apaixonante aos que não o conhecem, isto feito, por mais que digam o contrario, o resto se torna fácil, pois temos gente com vontade o suficiente para leva-lo ao Topo.
    Abraços
    Mauricio Pacheco
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  18. Maurício, Cyro, Emir e todos que estão emitindo opiniões em relação ao assunto levantado por mim e postados pelo Clodoaldo, que se mostrou polêmico. Todos, sem exceção, dependendo da ótica pela qual enxergam o problema estão cobertos de razão e é por isso que levantei a questão porque no fundo a idéia e procurar somar, e dar uma parada para repensar algumas coisas que aconteceram.
    Como o Maurício colocou bem, o problema seria facilmente resolvido se tivéssemos uma cultura e uma política esportiva adequada.
    Resumindo a minha maneira de pensar, quando tivermos o polo aquático inserido nas três áreas de manifestação esportiva, isto é, Formação ( escola, clubes, instituições governamentais, ONGS, etc), de Participação ( caso, agora do TTC, GB, Master, dos coletas descontraídos) e de Alto Rendimento ( Eventos nacionais e Internacionais com foco e metas competitivas), a coisa vai funcionar melhor.
    Temos que ter um público consumidor de polo aquático em qualquer nivel; temos que ter o esporte de formação mas para isso não podemos sacrificar financeiramente os clubes ( que já estão no seu limite) ; Temos que ter gente jogando polo e consumindo o esporte ( participação, lazer, saúde, diversão como diz o Cyro) e Temos que pensar o polo aquático no alto rendimento, aí, sim priorizando o resultado esportivo e para isso os recursos já estão bem mais disponíveis.
    Vou descordar apenas do Marcus acima quando insiste como muitos em colocar o jogador de polo aquático como muito comprometido com tempo, etc, etc. Isso talvez tenha sido um dos piores argumentos que se colocava para justificar fracos resultados. Acabou por não criar uma cultura de treinamento para a modalidade desde o início. Sim, Marcus, ainda treinamos muito pouco comparado à mil outras modalidades ( melhorou bastante lá no topo onde os atletas já começam a ganhar uma grana, mas muito aquém, ainda do desejável). Nunca escondi esse meu pensamento, e, hoje, muitos técnicos concordam com ele. Pior, ainda, os mesmos também acham difícil mudar essa cultura apesar dos esforços que tem sido feito. Dobrar treinos com 15 , 16 17, 18 anos.., Treinar duas sessões aos Sábados, fazer musculação 5 vezes na semana antes dos treinos, chegar no clube e ao invés de perder 10 a 15 minutos batendo papo, fazer alongamento, elástico, etc. Outros esportes fazem isso e sem dinheiro, apenas, motivados pela melhora de desempenho.
    Ricardo Cabral

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  19. Bom Cabral, sugiro que comece prestar atenção nos comentários, nunca disse que o atleta de pólo aquatico é comprometido, disse que EXIGE comprometimento e tempo do atleta para se jogar em alto nível.
    Enfim, não sei se foi falta de atenção mesmo, porque o nome é Marcos, não Marcus.
    Aquela foi minha opnião sugiro que leia com atenção novamente, abraços
    Marcos

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  20. Como faço para enviar um email a Ricardo Cabral?

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  21. Oi Marcos desculpe-me a grafia errada do nome e por, talvez, não ter endendido bem as suas colocações mas mesmo assim acho que o que coloquei é válido e é motivo de reflexão. Hoje mesmo li no face uma colocação que achei interessante do nosso amigo Eduardo Abla, quando o mesmo enaltece as dificuldades de se jogar polo aquático como um esporte que chega mais rápido a fadiga, de segundo maior grau de dificuldade e etc. Aí que na minha opinião reside o antagonismo da coisa. Vamos escolher 04 esportes olímpicos de forma aleatória. Depois quantifique na categoria de base e no alto rendimento, a carga horária de treinamento, o nível de intensidade do treinamento, a quantidade de horas destinadas a repetição de exercícios técnicos e ou táticos e compare com o polo aquático. Só para não dizer que é covardia, não coloque os esporte individuais, como, natação, judo, ginastica olímpica, e etc..por que aí perdemos de goleada. Coloque, apenas, os coletivos. Resumindo, melhoramos já nesse aspecto mas precisamos melhorar muito mais. Só para exemplificar, moro há anos na Tijuca e meus filhos nadaram pelo TTC durante muito tempo antes de ir para o Flamengo. Não foram raras as vezes que levando-os ao primeiro treino do dia 05:30h da manhã, encontrava pelo meio do caminho atletas de polo com prancha de surf na mão indo para a praia...é claro que a noite treinavam, mas sempre muito pouco. E assim ainda é até hoje. Se não o surf pela manhã, é a balada a noite que leva o atleta ir direto as vezes para o jogo , e por aí vai. Posso ser chato, mas enquanto não mudarmos essa cultura lá de baixo, vamos continuar treinando pouco. Escrevi algumas vezes que esse é o nosso grande dever de casa que ainda está por ser feito.
    Meu e-mail: poloaquatico.mas@cbda.org.br / rgcabral@terra.com.br / tel: 91998191
    Abraços
    Ricardo Cabral

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  22. Volto a dizer, os clubes querem receita, de graça é utopia, não existe, tem que ter projetos e gente querendo por o pólo nos clubes que tem piscina atendendo o mercado consumidor, que quer pagar pelo serviço, que quer jogar aquele coleta depois de nadar milzinho e fazer uns gol's, entendendo isso os clubes voltaram a ter pólo e logo se massifica e logo tem gente e logo se tem criança e logo mais clubes nas competições de primeira divisão e logo se deus quiser qualidade técnica. Tem que ter solução e não especulação, segundona forte, divulgada, atrair aqueles que ficam vendo novela em casa ou só dão aquela nadada para pagar e jogar um coleta, Téc. Rafael Hall obrigado por fazer esse projeto no TTC.

    Cyro Touca 3, fiz um golzinho ontem no coleta e hoje estou felz da vida no meu trabalho e quero muitos com esse sentimento também pq é bom d+.

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  23. Concordo Cabral, não são todos que se comprometem, mas ao mesmo tempo é dificil ter compromentimento quando pólo não é a atividade principal, mas vamos pensar como um atleta de 18~22 anos, querendo fazer faculdade, se formar, trabalhar para se sustentar, fica díficil pensar no pólo como sua primeira atividade, excluindo é claro os atletas de seleção.

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