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I Superliga: 6ª rodada

Hoje, sábado, acontecem mais duas partidas pela I Superliga/V Liga Nacional. No Rio, na piscina da Escola Naval, Fluminense e Botafogo se enfrentam às 16 horas. No mesmo horário, mas em São Paulo, na piscina do Pinheiros, teremos o jogo entre Pinheiros e Paineiras. Confira abaixo os resultados (acompanhe também pelo twitter @Potoffwp).







6ª rodada
Fluminense 8 Botafogo 5
(1-, 3-2, 1-2, 3-0)
Gols Fluminense: Gabriel (3), Adrià (2), "Kiko", "Braguinha" e "Betinho".
Árbitros: Edmundo Rodrigues e André Dester.

Pinheiros 11 Paineiras/Projeto Futuro 6
(3-1, 3-0, 3-2, 2-3)
Gols Paineiras/Projeto Futuro: Cercols (2), Alessandro (2), Faria e "Binho".
Árbitros: Natacha Florestano e João Rene.

Classificação após 6 rodadas
1. Fluminense 10 (5j)
2. SESI 6 (5j)
3. Botafogo 5 (5j)
4. Pinheiros 5 (5j)
5. Paineiras/Projeto Futuro 2 (5j)
6. Flamengo 2 (5j)

Comentários

  1. Cartão Amarelo!!!!

    A V Liga Nacional de Polo Aquático -Super Liga 2012, tem se mostrado interessante sobre vários aspectos. O principal é que mesmo diante de algumas dificuldades operacionais que temos encontrado por se tartar de uma competição de longa, duração a mesma tem tido um grande apoio das equipes participantes. É verdade que estamos, apenas, engatinhando nesse novo modelo de competição e, de fato, muitas ações devem ser preparadas para os próximos anos no sentido de aperfeiçoar o modelo e a organização. O aspecto promocional relacionado diretamente à um plano de marketing é um deles.

    Por ser um evento 100% financiado com recursos obtidos pela CBDA, através da Lei de Incentivo ao Esporte ( Bradesco) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, fica difícil a captação de outros recursos, ou até mesmo o investimento dos clubes através de seus patrocinadores, no sentido que garantir uma visibilidade aos mesmos.

    Mas esse é um problema para o próximo ano. O que me motivou esse texto foi o jogo de ontem, entre as equipes do Fluminense. BNY Mellon e o Botafogo de Futebol de Regatas, que tinha todos os ingredientes para ser um dos melhores jogos da competição. Estavam reunidos, na Escola Naval, alguns dos principais jogadores brasileiros e alguns estrangeiros que a própria CBDA ajudou aos clubes na aquisição de passagens.

    Quanto ao jogo, só tivemos mesmo até o final do segundo quarto, quando ambas as equipes estavam interessadas, apenas, em jogar polo aquático. Do terceiro quarto em diante, o que se viu foi uma quantidade enorme de simulações de faltas, tentativas de intimidar o adversário, jogadas mais violentas e por aí vai.

    Jogadores que pediam para trocar a marcação para “pegar”adversários específicos, aparentemente motivados por “richas” de ambas as equipes e por aí vai.

    No final teve de tudo, menos polo aquatico. Fica praticamente impossível dirigir um jogo daquela maneira. Quando eu falo em dirigir me refiro aos técnicos e árbitros. Uma verdadeira confusão. Critérios no final já não tinha. A única solução era expulsar todo mundo e foi quase o que aconteceu. No final sobraram poucos.

    Em conversa rotineira com os árbitros, o coordenador de arbitragem, Sr. Roberto Cabral logo após ao jogo, passou aos mesmos que em nenhum momento foi usado o cartão amarelo para o jogador ( e que a partir do momento que é dado para um, serve para outros) por simulação, o que na reincidencia levaria qualquer um, de qualquer equipe, ao vermelho estando, os mesmos, for a da partida.

    Me desculpem os jogadores mas, muitos (não posso generalizar) estão mais preocupados em simular do que jogar. Ao simularem jogam o técnico contra a arbitragem, a torcida contra a arbitragem, e aí, como vimos, ontem, o jogo fica feio.

    Como Supervisor Geral da Liga, Delegado Geral da competição e, ontem, também, como Delegado do Jogo, posso garantir que ambas as equipes podem, se quizerem, apresentar um polo aquatico melhor do início ao fim do jogo.

    Resumindo, cabe aos jogadores jogarem, aos técnicos dirigirem suas equipes e aos árbitros dirigirem o jogo. Quando existe uma inversão de papéis como o jogador simular faltas para enganar o árbitro e provocar o adversário, o técnico por suas vez querer dirigir o árbitro na tentativa de levar vantagem em um ou outro lance e o árbitros não aplicarem o rigor da regra logo de início, aí vamos continuar, assisntindo o que vimos , ontem.

    Levamos, todos, na bela tarde de ontem, um grande cartão amarelo!!!!! Que nos sirva de lição para os próximos jogos.

    Ricardo Cabral
    Supervisor Geral de Polo Aquático CBDA
    Delegado Geral da V Liga Nacional de Polo Aquático

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    Respostas
    1. Cartão Amarelo????

      A V Liga Nacional de polo aquático (PA) - Super Liga 2012, é sem sombra de duvida um avanço significativo dentro dos mais variados itens relacionados ao campo esportivo, seja organizacionalmente ou mesmo adotando critérios atrelados ao método de disputa. Nunca o PA buscou se organizar de tal maneira, dando condições aos clubes de se prepararem com bastante tempo e fazendo um jogo apenas por final de semana, dando a jogadores e técnicos a oportunidade de treinarem com tranquilidade, além de ter posto um fim aquela insana maratona de jogos em um único final de semana. Dentre outras mudanças, posso destacar inclusive a mentalidade de muitos dos envolvidos em entender a necessidade de treinos em dois períodos e também a contratação de estrangeiros por todas as fases da competição, onde esses acabam fazendo realmente parte do time e não mais com incursões pontuais como era em outras edições, já que vinham somente para jogarem partes específicas do certame.
      Contudo, mesmo com essas melhoras, continuamos a ver por parte de todos os envolvidos, atitudes ainda acontecendo, por certo ranço do PA ser um esporte pequeno, sem maiores repercussões sob todos os aspectos. O mesmo árbitro atua em cinco ou seis jogos de uma mesma equipe seguidamente e por serem poucos, essa situação fica recorrente, apesar de poder ser evitada. É claro que isso acaba por desenvolver problemas ao longo do tempo.
      Também uma boa dose de impunidade que incide sobre todos faz com que valha a pena ter certas atitudes. Os técnicos, onde me incluo, sofrem rapidamente os efeitos das regras quando são expulsos, ficando fora do próximo jogo, assim como o jogador dependendo do relatado na súmula ou do enquadramento em determinado item da regra. Agora pergunto e os árbitros? Esses se valem de serem poucos, para poderem manter-se atualizados por terem oportunidades de participarem de competições internacionais. Isso é ótimo, contudo alguns se encaixam naquele ditado popular que diz “não se deve gastar vela com mau defunto”. Não que seja especificamente o caso dos árbitros da partida relatada por nosso supervisor Ricardo Cabral, mas usando o próprio título do referido texto, “quem dá o cartão amarelo, ou melhor, o cartão vermelho para os árbitros”? Vamos pensar da seguinte forma, uma equipe perde e reclama da arbitragem. O motivo deve ser porque perdeu. Uma equipe ganha e reclama da arbitragem. Dizem logo: - estão reclamando de que? Ainda ganharam o jogo. Mas quando as DUAS equipes reclamam da arbitragem? A quem se atribui a culpa? Não vamos acreditar que os jogadores saíram de casa para não jogarem PA, como também os árbitros saíram de casa para prejudicarem A ou B. Nenhuma das resposta é correta. O que é correto afirmar é que o jogo configurou-se com, simulações, reclamações dentre outras coisas pois a eles foi permitido que isso fosse feito. Se a coisa descamba da forma como foi é porque faltou discernimento a quem devia. O coordenador de arbitragem é mais do que capacitado para exercer a função que ocupa e por vezes, talvez por amizade e respeito, tenha dificuldade em punir sistematicamente. Quando ocorre a punição, ainda corre o risco de perder o árbitro que pode se sentir injustiçado e afastar-se de suas funções. Novamente como são poucos , qualquer perda faz falta, por incrível que pareça. Situação difícil. Por ser difícil, acontece em número MUITO menor do que deveria.
      Agora, me desculpem os árbitros, mas, muitos (não posso generalizar) estão mais preocupados em mostrar que nunca erram, mas por serem humanos, vale o silogismo aristotélico. Ao não admitirem o erro, acabam tentando compensar e aí sim desagradando a todos, colocando contra a arbitragem, a torcida, os jogadores e os técnicos, e transformando o jogo em uma panaceia.
      Como técnico, profissional e acima de tudo amante de PA, posso afirmar que como também os jogadores e técnicos a arbitragem, se quisesse, poderia ter se apresentado de uma forma mais condizente com a importância da competição.

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    2. Continuação...

      As simulações aconteceram, isso é um fato. Só há simulação no PA? Será que os jogadores estrangeiros também não simularam? Se simularam, também o fazem nos EUA, na Espanha ou em Montenegro, ou será que só fazem aqui? Se só fazem aqui é porque perceberam um ambiente propício para tal. Se também o fazem por lá, porque os jogos também não acabam como o do último sábado?As perguntas são muito mais importantes do que as respostas.
      Concluindo e concordando com o professor Ricardo Cabral, cada um deve fazer BEM a sua parte, deixando os profissionais e jogadores fazerem o que vieram fazer, contribuir para o crescimento do polo aquático Brasileiro.

      Silvio Telles
      Técnico de Polo Aquático do Fluminense F.C.

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  2. Caro Sílvio
    Ainda bem que você entendeu nas "entre linhas "o recado. O cartão amarelo foi dado para todos. Quem quiser ganhar o vermelho, daqui para frente, basta só continuar fazendo o que foi visto no último Sábado, sejam eles jogadores, técnicos, árbitros e dirigentes, o qual me incluo . Eu mesmo, me desculpe, tomei a liberdade de me dar, também, um cartão amarelo.
    Aliás, o cartão amarelo serve para isso, simplismente,um alerta
    Abraços
    Ricardo Cabral

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  3. Caros leitores, raramente escrevo em algum blog ou site, mas devo falar um pouco sobre o acontecido. Tenho minha parcela de erro uma vez que tentei administrar um jogo de dois times que se preocuparam em jogar pólo apenas em metade do jogo. Foi uma partida difícil onde os dois times se preocuparam em jogar ate o 2º quarto e a partir daí acabou o Pólo Aquático. Quando vou para um jogo a 1ª coisa que penso é que a partida acabe de forma tranqüila e fazer um bom trabalho. Acho que estamos na hora de todos assumimos nossos erros e não nos escondermos atrás de desculpas e da arbitragem. Acho que o nosso erro (árbitro) foi tentar administrar a partida para que ela chegasse ao final, mas infelizmente éramos os únicos interessados neste objetivo.

    Fica a lição.

    Edmundo Rodrigues

    Arbitro FINA / CBDA

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  4. Acho que o árbitro não aceitou o cartão amarelo dado pelo Silvio e pelo Cabral...normal!!!!
    Quito

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  5. caro tecnico, o cartão amarelo foi aceito e absorvido. O que disse é que os erros cometidos não serão mais repetidos. Agora entendeu?
    Edmundo Rodrigues
    Arbitro FINA / CBDA

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  6. Uma tragédia anunciada ou inesperada?
    Acompanhei os comentários do Supervisor da CBDA ,bem como os dos professores Silvio e Quito além do árbitro Edmundo.
    Ao término da partida ,conversei com os árbitros e expus a seguinte colocação: “Vocês não tiveram outra alternativa para seguirem com a partida até o seu fim, fizeram as intervenções disciplinares necessárias ,porém poderia ter sido menos contundente se ambos tivessem começado a intervenção um pouco antes(concordo que faltou um amarelo de advertência)”
    Contudo não vejo por esta perspectiva o ocorrido neste jogo. Ao que me parece é que envolvidos no jogo preferem se afastar do ponto de vista e escolhendo assim a melhor maneira de visualizar o problema ( para quem não conhece perspectiva ,quando mudamos o foco o objeto visualizado passa ser visto de forma diferente)
    A minha visão dos acontecimentos do último sábado estavam bem claras, a partir do momento em que as equipes faziam o seu aquecimento em ritmo de descontração total para o jogo, e principalmente, quando os jogadores se perfilaram para a apresentação.
    O que vi começou a delinear o que viria por acontecer. Cinturas bem acentuadas de jogadores que frequentaram recentemente as seleções Brasileiras (sênior e junior)demostrando com isso que, me desculpe o Silvio, que esta colocação de se fazer campeonatos longos ao invés dos curtos fariam com que os jogadores treinassem mais ,não estava representando pela realidade.
    Calculei que somente teríamos jogo até o segundo quarto ,e foi o que aconteceu, e a partir daí o que vimos foi a arte tentando superar a falta de preparo para suportar mais dois quartos. Quando cito a arte, não cito a arte da técnica ,mas sim a arte teatral com todos os requintes da dramaturgia. Aprendi com os anos arbitrando que quanto menos técnica e condição física mais teatro acontece.
    Era visível assistir a jogadores que sem condições de se manterem atuando, mas que ainda por fazerem falta as suas equipes caso estivessem no banco , eram mantidos na agua até começarem as simulações levando com isso o foco para o objeto arbitragem, o que se torna uma constância neste polo aquático.
    Agora apesar de não concordar com o Sílvio em sua afirmação de que as perguntas são mais importantes do que as respostas, faço a seguinte indagação: Como se comportam os técnicos e auxiliares nesta situação ? Pelo que temos visto preferem acompanhar os seus atletas e entrarem em uma Cruzada (contra os infiéis árbitros) para tentarem mante-ser ou retomar o que lhes acham de direito.
    Para finalizar, e como gosto sempre de citar algum exemplo positivo, em 2003 na primeira Super Final da Liga Mundial- Nova York, e que tive o prazer de atuar como árbitro neutro, participei de uma situação constrangedora.
    O Chair do TWPC da FINA ,Sr Lonzy em reunião com todos os representantes da equipes envolvidas ,se não me falha a memória, Hungria, Grecia, Servia/Montenegro ,Holanda, EUA, ao tentar explicar de como seria a forma de arbitragem na competição, foi interrompido pelo dirigente da Hungria que ao se levantar da mesa de forma repentina se explicou : A forma que os Srs decidirem como apitar não interessa ,viemos aqui para jogar com qualquer regra,e com qualquer árbitro escalado que for determinado. Foi embora e obviamente a Hungria foi campeã!
    Abs

    Roberto Cabral
    Coordenador de Arbitragem –CBDA
    Chair UANA TWPC

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  7. Prezado Silvio.
    Respeito sua opinião e seus comentários, porém discordo de alguns itens abordados.

    A culpa foi , é e será dos Árbitros.
    O jogador atuou de forma inapropriada, acertando o rosto do adversário, sendo expulso DCS. A culpa foi do Arbitro.
    Auxiliar ofendendo arbitro. A culpa foi do arbitro.
    Após este incidente, o jogo que até então corria normalmente, teve uma guinada total. Jogadores querendo impor um jogo mais físico, técnicos fazendo pressão e assim começaram as inúmeras expulsões. Foram 3 cartões vermelhos (2 Tec e 1 aux.) , 2 amarelos (Tec) , 4 DCS e várias exclusões, tudo no intuito de controlar a partida. E mesmo assim as equipes continuavam a jogar da mesma forma. Se tivéssemos outras atitudes, ira mudar a forma de jogar das equipes? Pois nos últimos jogos entre as duas equipes tiveram outras duplas de arbitragem e ocorreram as mesmas coisas. Sendo que após o término das outras partidas tiveram insultos à arbitragem, discussões entre os jogadores e relatórios. Será que a culpa foram dos Árbitros?
    Silvio. Realmente faltou discernimento, alguns jogadores (não vamos generalizar) estavam querendo resolver rixas clubísticas e pessoais do que jogar. Quanto aos árbitros nunca errarem, isto é a sua opinião, pois todos eram e irão errar. O que não pode e a sua interpretação ser a correta sempre e a dos árbitros a errada.
    Quanto a sermos pouco, isso é uma verdade, que também serve para os técnicos, pois são poucos e alguns mal preparados, técnicos estes que muitas vezes tem uma Ferrari nas mãos, comprada com M. dólares, mas quando vê a linha de chegada o piloto começa a travar , congela e pede auxilio ao seu co-piloto (Dick) que mais experiente para conduzir a Ferrari até o final. Algumas vezes vence , outras perde. Por isso a CBDA não gaste e nem irá gastar uma vela sequer com estes técnicos. Mas este não é o seu caso. Sendo Assim fica a legião de estrangeiros/brasileiros dominando o nosso pólo, e cada vez menos se fala o português. Não sou contra eles, e gostaria de ver o RUDIC dirigir a seleção, mas falaram que ele estava velho e ultrapassado, e o cara é o ultimo CAMPEÃO Olímpico.
    Para finalizar , quando fui apitar este jogo, pensei que iria apitar um dos melhores jogos da competição, pois ambos os lados tinham a maioria dos jogadores da seleção e alguns estrangeiros de nível, entretanto o partida só teve 2 quartos, pois o que se viu depois disto não foi Pólo Aquático. Uma pena. A culpa foi, é e será dos Árbitros.
    André Luís Guerra Dester.

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