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Itália muda regra para estrangeiros (mas não muito)

O polo aquático italiano está presenciando uma verdadeira queda de braço entre, de um lado, o Pro Recco, e de outro, a Federação, no que diz respeito a participação dos jogadores comunitários (que não são italianos mas fazem parte da comunidade europeia) nos campeonatos nacionais (Liga e Copa).
Na temporada passada, somente dois atletas estrangeiros ou comunitários, podiam fazer parte dos elencos inscritos para a Liga e a Copa da Itália. O Pro Recco, equipe mais rica do polo aquático mundial e que possui mais de 26 jogadores em seu elenco profissional, esperava que essa regra fosse alterada para a próxima temporada, permitindo a livre participação dos comunitários. Porém, na última sexta-feira, embora ainda de maneira extra-oficial, o Conselho da Federação se manifestou, mantendo a regra de que é obrigatória a presença na água de, no mínimo, cinco atletas italianos por equipe, e mantendo, também, a condição de estrangeiros para os atletas comunitários. A única mudança foi que a partir da próxima temporada, os dois atletas estrangeiros/comunitários inscritos podem ser alterados de jogo para jogo. O Pro Recco ainda luta contra essa determinação, invocando a legislação que prevê a livre circulação de trabalhadores em território europeu.
Essas mudanças definirão, por exemplo, o futuro imediato do brasileiro Felipe Perrone, jogador comunitário que na temporada passada defendeu o Pro Recco apenas na Liga Adriática e na Liga dos Campeões. Caso a utilização dos comunitários fosse liberada, Felipe continuaria no Pro Recco, caso contrário, iria para o Camogli. Com essa "meia-liberação" anunciada, fica ainda aberto o destino de Felipe na próxima temporada.

Comentários

  1. "... mantendo a regra de que é obrigatória a presença na água de, no mínimo, cinco atletas italianos por equipe..."

    É assim mesmo a regra na itália, só podem 2 estrangeiros na água ao mesmo tempo? então os estrangeiros podem ser substituidos por outros estrangeiros? que estranho, parece intercolegial.

    João Felipe Coelho

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  2. João, na verdade a condição de ter sempre 5 italianos na água por equipe é a premissa da regra, para q isso ñ seja burlado é estipulado um limite de 2 estrangeiros/comunitários inscritos por jogo. A partir da próxima temporada o q muda é q esses estrangeiros/comunitários podem ser trocados de jogo para jogo (e ñ durante a mesma partida). Essa regra foi imposta na Itália para (pelo menos teoricamente) proteger o atleta italiano e diminuir o impacto do poder econômico e é parecida com a q existe no futebol brasileiro, qdo um time pode ter qtos estrangeiros quiser no seu elenco, mas só pode relacionar 3 por partida. A grde discussão na Itália, diz respeito aos comunitários, pois pela legislação da Comunidade Europeia, ñ existe restrição para a livre circulação de trabalhadores comunitários.
    Abs.

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