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Família Volpi deixa o polo aquático

(foto: wpdw)
Em um comunicado à imprensa, Gabriele Volpi e seus filhos Simone e Matteo Volpi, renunciaram, em caráter imediato e irrevogável, à Presidência Honorária, à Presidencia e à Vice-Presidência do Pro Recco, respectivamente.
Segundo o comunicado, a renuncia se deu devido "a gestão e a política adotadas pela LEN e pela FIN nos últimos anos", assim como "pela atitude persistentemente negativa da comunidade aquapolista italiana e europeia". Junto com o anúncio da família Volpi, foi publicado, também, um comunicado da Social Sport - fundação responsável pelos investimentos de Volpi nos esportes -, anunciando a retirada dos investimentos no polo aquático.
Esse rompimento já era, até certo ponto, esperado, uma vez que, depois de um grande investimento no Pro Recco e no Primorje (CRO) nos últimos anos, Volpi vinha tentando aumentar sua influência na política do polo aquático italiano e europeu, tentativas que, esse ano, foram duramente rechaçadas pela LEN e pela FIN. Volpi, que é uma figura bastante controversa na Itália (basta uma rápida pesquisa no Google para se constatar isso), vai direcionar agora todo seu investimento esportivo para o futebol, mais especificamente para o Spezia Calcio, clube do qual é dono e que disputa atualmente a Série B do Campeonato Italiano.
Resta saber como vai ficar a situação dos atletas do Pro Recco (masculino e feminino) e do Primorje daqui pra frente. De imediato, o maior prejuízo fica com as seleções italianas Masculina e Feminina, que estão a duas semanas de Londres 2012 e possuem em seus elencos vários atletas do Recco

Comentários

  1. Clodoaldo,
    Nem um caminhão de dinheiro foi suficiente para mudar as convicções da FIN e da LEN. O futuro de um "profissionalismo utópico"e fora da realidade plantada pelo Pro Reco, começa a ruim, num momento em que a Espanha e a Grécia estão enfrentando sérios problemas em suas economias e o esporte ( polo aquático) não me parece prioridade. Atletas retornarão aos seus países ganhando salários compatíveis com a realidade. Por um lado ganha o polo aquático em termos de nivelamento das principais equipes. Um outro ponto a ser questionado é se o investimento feito pelo Pro Reco contribuiu para o crescimento do esporte. Quem sai ganhando são as equipes Servias, Croatas, Montenegrinas e Hungaras que mantiveram os pés mais no chão e não entraram de forma desenfreada nesse mercado que servia, apenas, para interesses pessoais. Que fique um alerta para o resto do mundo.
    Ricardo Cabral

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  2. O q mais chama a atenção é o total pouco caso com o esporte. Qdo o polo aquático ñ serviu mais aos interesses da família Volpi, foi descartado sem dó nem piedade. Como ficam os atletas? O Pro Recco irá honrar os contratos firmados? Essa atitude apenas reforça os boatos q circulavam desde 2004, de q a participação de Volpi no polo aquático tinha como objetivo último uma prática velha conhecida de nós brasileiros, a "lavagem de dinheiro".

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  3. Clodoaldo, já tivemos por aqui exemplos de tudo por dinheiro [Eurico Miranda] entre outros.. Profissionalismo é uma situação que não se conquista somente com a parte financeira, e sim com a postura de atletas técnicos, dirigentes, federações e etc..Infelizmente estamos longe disto.
    abs.

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  4. Clodoaldo ficam algumas lições e avisos:

    1. Os interesses pessoais no esporte( que devem sempre existir) não podem ser maiores ou pior, ainda, muito maiores do que os interesses coletivos, fazendo com que o Ego fale mais alto;
    2.As instituições organizacionais do esporte, por mais resistentes à mudanças ou antiquadas, detém, ainda, o poder do esporte ( FIN, LEN,FINA, etc) e não é pelo dinheiro que se coloca na mesa é que vai mudar esse quadro;
    3.. O polo aquático europeu vai continuar a viver com ou sem ele, por que o polo ainda é mais tradicional do que as instituições que o organizam;
    4. As pessoas envolvidas diretamente no projeto Pro Reco não são bobas e sabiam que isso era uma ilusão e que um dia a carruagem iria virar abóbora. Como diz o ditado: "Foi bom enquanto durou". Só não durou mais porque a sede de poder falou mais alto, ou talvez antes do tempo.

    Ricardo Cabral

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