(foto: waterpoloweb) |
A ideia dos clubes é criar uma Superliga com os 14 principais times da Europa, abandonando a disputa da Liga dos Campeões e organizando seu próprio campeonato. Para os clubes, a LEN exerce o poder sem dar nada em troca. Segundo Pino Porzio (foto), treinador do Pro Recco e porta-voz da Superliga, um dos principais argumentos dos clubes é a necessidade de se jogar uma maior quantidade de jogos de alto nível por temporada, reivindicação que, reitera Porzio, já foi feita repetidas vezes à LEN, sem sucesso. Nesse último final de semana, representantes dos clubes se reuniram, não por acaso, em Debrecen, na Hungria, aonde estava sendo disputado o Campeonato Europeu de Natação e, afirma Porzio, todos os representantes das Federações foram convidados à participar da reunião, mas nenhum compareceu.
Marco Birri, Gerente de Polo Aquático da LEN, contra-ataca e coloca que os interlocutores da LEN não são os clubes, mas as Federações Nacionais, e todas elas disseram não à Superliga. Segundo Birri, as Federações garantiram a presença dos seus clubes nos torneios da LEN na próxima temporada. Ainda segundo Birri, foram levadas ao Bureau da LEN, duas propostas para o aumento do número de jogos de alto nível na Liga dos Campeões, o que viria de encontro ao desejo dos clubes, além de garantir que nenhuma Federação do 1º escalão do polo aquático europeu terá o número de clubes participantes reduzido nas competições da LEN.
Porzio, porém, sonha mais alto. Ele vislumbra uma Superliga que reúna representantes da Itália, Espanha, Croácia, Sérvia, Montenegro e Hungria, com um mínimo de 50 jogos por temporada, ampla cobertura televisiva, marketing adequado e piscinas cheias.
Essa briga ainda vai longe, pois se é evidente a força quase centenária da LEN e suas Federações, não se pode, contudo, subestimar um clube que domina o polo aquático europeu e que é comandado por um homem cujos negócios movimentam U$ 2 bilhões/ano e com importantes laços políticos. Vamos aguardar os próximos capítulos. Uma composição (como os clubes de futebol e a UEFA fizeram há alguns anos atrás) não está descartada.
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