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Guadalajara 2011: Masculino - BRASIL É BRONZE!

(foto: Satiro Sodré/AGIF)


Final
EUA 7 Canadá 3
(2-1, 2-1, 1-0, 2-1)
Súmula.
OBS.: arbitragem do brasileiro José Werner. Segundo informação do blog da arbitragem, Werner estava escalado para apitar Cuba x Canadá, mas foi retirado da arbitragem 15 minutos antes do início da partida devido a um pedido da delegação canadense, que alegou possível influência do resultado desse jogo para o Brasil. O fato gerou mal-estar entre os árbitros, que protestaram. Após o pedido de desculpas do Comitê, Werner foi escalado para apitar a final.

OBS.2: apesar de não ter se apresentado bem nesses Jogos, a experiente equipe dos EUA confirmou seu favoritismo e levou mais uma medalha de ouro e a vaga em Londres 2012. Tony Azevedo, se recuperando de uma contusão, só jogou a final e foi decisivo, com 3 gols. Para o Canadá, essa medalha de prata foi uma conquista inédita, pois foi a primeira vez na história dos Jogos Pan-Americanos, que os canadenses chegaram à final do polo masculino.

VÍDEO: assista alguns lances dessa partida na edição do portal Terra.




Disputa do bronze
Cuba 7 Brasil 14 
(4-4, 0-2, 3-2, 0-6)
Gols Brasil: Gabriel (3), Marcelo (2), Rudá (2), Henrique (2), Jonas (2), "Grummy", Emílio e João Felipe.
Súmula. (A súmula está errada, marcando 0-3 no 2º quarto e 0-5 no último. As parciais corretas são as acima).

Depoimentos de Gabriel e Henrique ao site da CBDA: Viemos pra cá com uma equipe renovada, ficamos triste pela derrota na semifinal num jogo que estava em nossas mãos, mas conversamos e queríamos muito levar esta medalha pro Brasil. Cuba sempre é difícil, tem uma equipe que não desiste nunca, sabíamos que seria duro, mesmo eles não tendo muito intercâmbio - disse Gabriel.
Nossa campanha foi ótima. Estou satisfeito pela medalha de bronze, mas ficou o gostinho de que dava pra chegar à final. Sabemos que podemos jogar de igual para igual contra eles, falta o detalhe que vem jogando mais jogos difíceis. Não conhecíamos o time de Cuba, mas eles fizeram um jogo duro contra o México, duro com a Colômbia, relativamente duro contra o Canadá. Hoje, começamos mal defensivamente, precipitamos alguns ataques e levamos contra-ataques. Mas sabíamos que nosso time é superior e com mais gás e tivemos cabeça para consertar os erros para conquistar a medalha, usando a defesa e levando o jogo pro último quarto - concluiu Henrique.
 
OBS.: mais um objetivo alcançado! Com uma seleção renovada (apenas Luís Maurício e Gabriel participaram do PAN do Rio), a meta era conquistar uma medalha em Guadalajara. O Brasil fez mais um bom jogo hoje, impôs um ritmo veloz, provocou várias expulsões na seleção cubana e liquidou o jogo nos contra-ataques no último quarto. Parabéns a todos os atletas que se dedicaram ao máximo nesses últimos meses e a comissão técnica!

VÍDEO: veja abaixo lances da partida na edição do portal Terra. Mais abaixo, a edição da Rede Record.





Disputa de 5º lugar
Argentina 12 México 10 
(4-2, 1-1, 5-2, 2-5)
Súmula.

VÍDEO: veja alguns lances dessa partida na edição do portal Terra.




Disputa de 7º lugar
Colômbia 11 Venezuela 9
(2-0, 3-5, 1-1, 5-3)
Súmula.
OBS.: arbitragem do brasileiro André Dester.

VÍDEO: veja alguns lances dessa partida na edição do portal Terra.




Classificação Final
OURO - EUA
PRATA - Canadá
BRONZE - BRASIL
4º - Cuba
5º - Argentina
6º - México
7º - Colômbia
8º - Venezuela

Comentários

  1. Como no filme “ Tropa de Elite”: Missão dada é missão cumprida. Assim se comportaram os jogadores e as jogadoras da seleção Brasileira de Polo Aquático, que trouxeram para o Brasil duas importantes medalhas de bronze.
    Muitos que não estão aqui em Guadalajara, e que nunca participaram de uma competição desta grandeza, não dimensionam as dificuldades de “conquistar” e não “ganhar” uma medalha, numa competição onde todos que aqui estão, correm, nadam, jogam e lutam por elas. Só quem teve a oportunidade de conviver com uma centena de atletas de vários países e diferentes modalidades esportivas durante dez dias, sabe disso. Melhor seria o ouro. Não sendo possível o ouro, a prata. Não sendo possível o ouro nem a prata, o bronze com certeza caiu muito bem no pescoço de quem a colocou com muito orgulho.
    No masculino estivemos bem próximos de garantir a prata, mas infelizmente, por detalhes, deixamos escapar num jogo duríssimo contra o Canadá. Mas como missão dada é missão cumprida, os jogadores mesmo diante de problemas que sempre se apresentam ao longo de uma competição e de uma preparação longa, mantiveram o foco e a determinação e venceram a equipe cubana.
    As meninas, lideradas pelo Chiappini, que aliás desenvolveu um excelente trabalho ao longo dos últimos seis meses, com o apoio presencial do Pablo e a distância do preparador físico William Manso, deram um salto enorme de qualidade e destruíram o “ mito” das "Mexicanas importadas" e as Cubanas, essas, sim, sempre uma pedra no caminho das Brasileiras.
    Diferentemente do que alguns podem pensar, o planejamento elaborado para essa conquista foi seguido passo a passo e ele faz parte de um planejamento estratégico maior visando os Jogos Olímpicos do Rio 2016.
    As medalhas agora eram muito importantes porque as mesmas, não só garantiriam os recursos necessários e execução do planejamento, como, também, abriria a possibilidade de captação de outros.
    Para o ano de 2012, o número de ações previstas para o polo aquático brasileiro aumentará de forma significativa. Para o primeiro semestre as seleções masculina e feminina terão viagens de treinamento preparatórias para o Torneio Pré-Olímpico ( Austrália, Europa e EUA), o Campeonato Sul-Americano de Belém, o Torneio Pré-Olímpico (Canadá e Itália) e a Liga Mundial (EUA). No masculino, se ficarmos entre os dois primeiros, podemos ainda participar da Super Final. Para o segundo semestre, teremos, ainda, mais uma viagem internacional de treinamento para ambas as seleções, além da presença das equipes de juniores no Pan 93 no Canadá e no Mundial da Austrália em Dezembro, com uma parada antes na Nova Zelândia para a participação em um torneio preparatório.
    Temos, sim, um longo caminho, ainda, até 2016. Entretanto, o primeiro grande passo foi dado. Temos duas seleções jovens e com possibilidade de ingresso de outros (as) atletas que se juntarão a esse grupo.
    Até o final do ano, as atenções estarão voltadas para a IV Liga Nacional e para o Troféu Olga Pincirolli e em Janeiro de 2012, recomeçam os trabalhos com as seleções.
    Finalizando, o Pan de Guadalajara agregou vantagens ao Brasil em todos os aspectos: Conquistamos dois Bronzes, elegemos um Brasileiro para Presidente da UANA, elegemos um Brasileiro para Presidente do Comitê Técnico de Polo Aquático da UANA, um árbitro brasileiro apitou o jogo final da competição e os (as) atletas, merecidamente, colocaram seus nomes na história do polo aquático brasileiro.
    Que me desculpem os pessimistas de plantão, mas vamos chegar em 2016 em condições de fazermos uma excelente competição.
    Abraços e PARABÉNS aos (as) ATLETAS e COMISSÕES TÉCNICAS
    Ricardo Cabral
    Chefe de Equipe em Guadalajara
    Supervisor Geral de Polo Aquático da CBDA

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  2. E acreditem, existiam pessoas que eram contra a convocação do Gabriel Reis, um dos destaques individuais. A seleção esteve bem durante os Jogos, fez um bom jogo contra os americanos e deixou a vitória escapar na semi por falta de experiência e ao meu ver um pouco prejudicada pela arbitragem. Maso que importa é que não se abateram e passearam no jogo contra Cuba. Espero que a Confederacao entenda que o intercâmbio de TREINAMENTO é essencial para dar ritmo de jogo aos atletas brasileiros que ficam muito tempo inativos no Brasil por conta do distanciamento dos campeonato regionais e nacionais. Acredito que estamos no caminho certo, PARABÉNS pela grande conquista!
    Quito

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  3. Gostaria de reforçar os parabéns aos atletas que assimilaram a ideia de que era necessário uma maior dedicação, com aumento da carga de treinos e de viagens (Mundial, Universíade, treinamento na Croácia etc.), muitas vezes em detrimento de outros interesses pessoais, para que o polo brasileiro possa evoluir (e não apenas os 13 que estiveram em Guadalajara, mas vários outros que também participam desse processo). Parabéns, também, a comissão técnica, responsável por insistir nessa mudança de postura, inclusive com a adoção de critérios objetivos para as convocações. Na minha opinião (e, vejam bem, é só a minha opinião, nada mais) a geração anterior era mais talentosa, mas a atual parece estar determinada no propósito de se tornarem verdadeiros atletas de polo aquático.
    Outro ponto que gostaria de abordar é para que parte desses recursos que estão sendo captados para o polo sejam usados, também, na ampliação da estrutura do comando do polo. Acho que seria interessante ampliar “lateralmente” a estrutura, no sentido de uma crescente profissionalização. Não estou aqui julgando as qualidades e a competência das pessoas que estão envolvidas na direção do polo, até porque seus currículos falam por si, só acho a estrutura atual extremamente acanhada para dar conta do crescimento que se espera. Porém, esse aumento da estrutura tem que vir acompanhado de uma reformulação administrativa. Não foram só as partes técnicas, táticas e de preparação que evoluíram no esporte nessas últimas décadas, a maneira de administrar também mudou muito. É preciso caminhar na direção de uma especialização crescente, combinada com um movimento de descentralização que permita que decisões mais ágeis e eficientes sejam tomadas. O modelo de gestão caudilhista que hoje em dia ainda impera na grande parte das confederações esportivas brasileiras, acaba sendo um fator de entrave para o crescimento. Vai chegar um ponto em que o aumento de recursos para treinamentos, intercâmbios, profissionalização dos jogadores etc., vai sofrer um estrangulamento se não for acompanhado de uma modernização na gestão.

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