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Liga Mundial: mais um evento isolado? (de novo!)

"A sequencia de jogos consecutivos pela Taça Brasil e Liga Mundial, mais a viagem, pesou agora. O jogo de ontem contra a China foi o diferencial. Pensávamos em ganhar e o grupo ficou abatido. Hoje tivemos dificuldade na defesa e um ataque desestruturado. A sucessão enorme de erros no terceiro período provocaram o placar dilatado. E como a classificação para a Super Final foi meio inesperada, nossa preparação não foi a adequada"
"A equipe entrou apática. O resultado que esperávamos contra a China não se concretizou. Tínhamos esperança em vencer e como a vitória não veio, abalou a confiança do time. Hoje faltou preparo físico, todos estavam 'mortos'".

Não, ao contrário do que possa parecer, os comentários acima NÃO se referem a participação do Brasil na edição 2013 da Super Final da Liga Mundial Masculina, mas ao torneio de 2012! Quer dizer, entra ano, sai ano, entra torneio, sai torneio, entra comissão técnica, sai comissão técnica, as análises são parecidas, as desculpas são semelhantes e, pior, os resultados são iguais. Não vou nem perder meu tempo escrevendo um artigo sobre a participação do Brasil em Chelyabinsk, e não é por preguiça ou pouco caso, mas simplesmente porque os dois artigos que escrevi sobre a Super Final de 2012, no Cazaquistão, continuam incrivelmente atuais (clique aqui e aqui para revê-los). Falar mais o quê?
Para terminar, um breve histórico dos nossos últimos resultados contra China e Japão, adversários que até a metade dos anos 2000 eram nossos "fregueses" e que agora são do nosso escalão no polo aquático mundial (ah, antes que a derrota por 4 gols para a Hungria apareça nos comentários, gostaria de lembrar que na Super Final do ano passado perdemos por 8 a 3 para a Espanha e o resultado também foi saudado como sinal de "evolução").


Mundial (China) - junho 2011

Brasil 11 Japão 13
(4-2, 2-4, 1-3, 4-4)

Brasil: Marcelo "Marcelinho" Chagas, Vinícius "Bin Laden" Antonelli, Felipe "Charuto" Santos, Bernardo "Braguinha" Reis, Emílio Vieira, Danilo Correa, Bernardo Gomes, Marcelo Franco, Jonas Crivella, João Felipe Coelho, Henrique Moniz, Rudá Franco e Gustavo "Grummy" Guimarães. Treinador: Goran Sablic.


Pan Pacs (Austrália) - janeiro 2012

China 11 Brasil 7 (disputa do bronze)
(3-2, 1-4, 3-0, 4-1)

Japão 14 Brasil 14
(3-4, 6-3, 2-3, 3-4)

Brasil 12 China 6
(3-1, 4-3, 4-1, 1-1)

Brasil: Thyê, "Mamão", "Cesinha", João Felipe, Marcelo, "Guzinho", Jonas, Bernardo, "Braguinha", Rudá, "Grummy", Danilo e Júnior. Treinador: Goran Sablic.


Super Final Liga Mundial (Cazaquistão) - junho 2012

China 10 Brasil 7
(2-1, 1-2, 2-3, 5-1)

Brasil: Thye Bezerra, Caio "Mamão" Lima, Henrique Moniz, Gustavo "Guzinho" Coutinho, Cesar "Cesinha" Queiroz, Bernardo Gomes, Jonas Crivella, Felipe "Charuto" Silva, Bernardo "Braguinha" Rocha, Rudá Franco, Gustavo "Grummy" Guimarães, Danilo Correa e Vinícius "Bin Laden" Antonelli. Treinador: Ângelo Coelho.

Comentários

  1. Water Polo World

    "...Japan managed to finish the tournament on a positive note beating Brazil 9-4 to take the penultimate spot while Brazil finishes last. In a story of the tournament for Brazil the game was virtually lost in a first half in which Japan ran away to a 7-2 lead and even led 8-2 with eight minutes to go..."

    Ao contrário do que muitos podem pensar o objetivo não é diminuir ninguém. Apenas para mostrar que tem alguma coisa errada. O Japão participa de menos treinamentos e competições que o Brasil. Só treinam 04 meses por ano. Os jogadores não são profissionais. Se a CBDA não acordar e mudar alguma coisa agora não dará tempo de nada. O que mudar?
    1.Se o jogador disse que treina mas na verdade pensa que treina. Tem que treinar 10 vezes mais.Esse treininho que eles fizeram é bom para relaxamento no final do treino2.Agradecer a participação de vários jogadores pelos anos, dar um diploma e aposentar até mesmo uns mais novos que já chegaram ao seu limite.3. Colocar imediatamente um tecnico não comprometido com determinados clubes e tecnicos desse clubes. Esse que veio já veio comprometido 4. Convocar dentro de critérios. 5. colocar esses jogadores treinando fora do Brasil e tira-los dos clubes. 6. Renovar a seleção e colocar a garotada. Se não der certo fecha as portas..
    Luiz Lima

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  2. Completamos a nossa participação na Super Final da Liga Mundial de Polo Aquático e acredito que como eu muitos não gostaram do desempenho da seleção. Uns como o Prof. Quito deverão ainda defender esta comissão técnica e jogadores que já não deveriam mais estar fazendo parte do elenco. Tirando as desculpas fora, como viagem longa, fuso horário, alimentação diferente e recém participação em competição nacional, a realidade que fica é que fomos sem um treinamento adequado não aplicado pela comissão técnica. Já sei que muitos também vão perguntar ou imputar a culpa para a CBDA, mas pelo que acompanhei, em menos de um ano tivemos dois treinamentos internacionais, treinamentos longos com a equipe reunida aqui em São Paulo e Rio de Janeiro, isto sem contar com as três competições internacionais (Pré Mundial,Liga e Super Final) e que implica em um gasto exuberante para o nosso esporte.
    O que está sendo feito de errado para perdemos tantos jogos? Algumas pistas podem ser observadas. Tínhamos no comando anterior outro técnico estrangeiro, que no meu entender, apesar de não ter dado certo, treinava a equipe com o objetivo de implementar a cultura do treinamento forte para melhorar. O técnico Prof. Angelo soube muito bem aproveitar este conceito e vemos que o time de juniores treinado por ele apresenta um ótimo preparo para as competições. (continua)

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    Respostas
    1. Com este novo técnico contratado, obra de puro Marketing (neste caso concordo que o Marketing ajuda a vender qualquer coisa) gerenciado por quem tinha ou tem interesses de tê-lo aqui por terras brasileiras, estamos voltando ao passado, principalmente no que se refere as convocações.
      Não quero citar jogador A ou B ,mas o que li nos sites oficiais do campeonato é que fomos o pior time no quesito voltar para marcar , “comeback “ como ele se referem. Temos jogadores que já haviam ficado de fora na época Goran e que não conseguiam treinar com a intensidade exigida por ele mas que estão de volta (ai está uma das principais modificações feitas pelo então nomeado Supervisor técnico de seleções Prof: Carlos de Carvalho para este novo comando),e continuam não rendendo. Aonde está o Jonas Crivella que já se encontrava no Brasil desde maio e não foi sequer chamado para treinamento? E o Emílio que fez um ótimo Troféu Brasil (perdão foi chamado no dia da viagem para substituir a outro machucado)?Binho e outros ?
      Volto a lembrar que já contamos nesta Super Final com o brasileiro/espanhol que sem dúvida hoje é o astro da nossa equipe e nem assim conseguimos uma melhora. Perdemos, é logico para equipes que já sabíamos previamente que perderíamos, mas perdemos também para equipes que poderíamos ter ganho se tivéssemos tido um treinamento de mais qualidade física. Por favor não me interpretem mal, sei que possuímos talentos de sobra na nossa equipe para vencermos os “olhinhos apertados”! O pior é que jogamos com olhos abertos!
      A China passou duas vezes por nós sem dó e nem piedade, talvez porque o seu técnico Brasileiro já havia sido sondado pela CBDA para o cargo maior, mas foi preterido pelo ex -supervisor técnico ,agora auxiliar técnico. Mas e o Japão, equipe que sempre vencemos? E antes que perguntem sobre o ótimo desempenho contra a Hungria, já respondo: A Hungria foi fazer um “coleta“ (gíria do polo aquático!)
      O interessante desta equipe Japonesa, esta sim, toda Made in Japan, é que apostou desde 2011 na renovação. Colocou a base de juniores (deixada pelo então ex-técnico Goran antes de assumir aqui no Brasil) e partiu para fazer o nome do Polo Aquático Asiático junto com a China. Pela reportagem é um time de jogadores de altura mediana mas, com um excelente condicionamento físico (o último quarto começou 8/2!).
      Enfim, o que não adianta é tentar encobrir os erros e achar que o ”os meninos” (paternalismo ou maternalismo nada funcional) também não tem culpa. Todos que estiveram na competição têm a sua parcela de culpa no resultado, é claro que a comissão técnica fica com a maior parte do bolo por terem levado quem não merecia estar lá.
      Resumindo. Ao invés do ditado “ Olho grande não entra na China”, poderíamos substituir por “Vaidade e incompetência não ganha da China”.

      Sergio Tedesch (apelido Gilho)
      (A minha passagem pelo polo como atleta já faz algum tempo,década de 70,hoje me limito ao simples rachão com os master no Pinheiros e onde sempre se discute os rumos do polo no Brasil. Tenho também um sobrinho que praticou a modalidade por algum tempo mas por diversos motivos não seguiu em frente, Mariano Cunha.)

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