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Superliga Europeia: briga está apenas no começo

(foto: waterpoloweb)
Uma intensa briga pelo poder está em curso no polo aquático europeu. De um lado, alguns dos principais clubes da Europa, capitaneados pelo supercampeão Pro Recco, do controverso milionário Gabriele Volpi. Do outro, a LEN (Ligue Européenne de Natation) e as Federações Nacionais.
A ideia dos clubes é criar uma Superliga com os 14 principais times da Europa, abandonando a disputa da Liga dos Campeões e organizando seu próprio campeonato. Para os clubes, a LEN exerce o poder sem dar nada em troca. Segundo Pino Porzio (foto), treinador do Pro Recco e porta-voz da Superliga, um dos principais argumentos dos clubes é a necessidade de se jogar uma maior quantidade de jogos de alto nível por temporada, reivindicação que, reitera Porzio, já foi feita repetidas vezes à LEN, sem sucesso. Nesse último final de semana, representantes dos clubes se reuniram, não por acaso, em Debrecen, na Hungria, aonde estava sendo disputado o Campeonato Europeu de Natação e, afirma Porzio, todos os representantes das Federações foram convidados à participar da reunião, mas nenhum compareceu.
Marco Birri, Gerente de Polo Aquático da LEN, contra-ataca e coloca que os interlocutores da LEN não são os clubes, mas as Federações Nacionais, e todas elas disseram não à Superliga. Segundo Birri, as Federações garantiram a presença dos seus clubes nos torneios da LEN na próxima temporada. Ainda segundo Birri, foram levadas ao Bureau da LEN, duas propostas para o aumento do número de jogos de alto nível na Liga dos Campeões, o que viria de encontro ao desejo dos clubes, além de garantir que nenhuma Federação do 1º escalão do polo aquático europeu terá o número de clubes participantes reduzido nas competições da LEN.
Porzio, porém, sonha mais alto. Ele vislumbra uma Superliga que reúna representantes da Itália, Espanha, Croácia, Sérvia, Montenegro e Hungria, com um mínimo de 50 jogos por temporada, ampla cobertura televisiva, marketing adequado e piscinas cheias.
Essa briga ainda vai longe, pois se é evidente a força quase centenária da LEN e suas Federações, não se pode, contudo, subestimar um clube que domina o polo aquático europeu e que é comandado por um homem cujos negócios movimentam U$ 2 bilhões/ano e com importantes laços políticos. Vamos aguardar os próximos capítulos. Uma composição (como os clubes de futebol e a UEFA fizeram há alguns anos atrás) não está descartada.

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