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Mundial de Xangai: novos ares no pódio

Grécia, Campeã Mundial Feminina (foto: shangai-fina2011.com)


Itália, Campeã Mundial Masculino (foto gazzetta.it)


O Mundial de Xangai trouxe um pouco de ar fresco ao polo aquático, rompendo a mesmice dos últmos anos.
No Feminino, mais do que uma simples arejada, tivemos verdadeiras surpresas, em especial a final entre Grécia e China, debutantes não só em finais, mas até mesmo no quadro de medalhas.
Grécia e China atingiram o topo do polo aquático feminino mundial com 2 modelos diferentes de desenvolvimento. Enquanto a China apostou em investir nas seleções, tendo conquistado, antes desse vice-campeonato no Adulto, o vice-campeonato no 7º Mundial Jr. (87) disputado em 2007, no Estoril, Portugal, a Grécia se apóia numa Liga Nacional forte, o que já havia assegurado o predomínio dos clubes gregos na temporada retrasada, quando venceram a Copa dos Campeões e o Troféu LEN, os dois principais torneios da Europa. A partida final, muito nervosa, não foi a melhor do Campeonato, mas teve emoção até o final, só sendo decidida no último ataque, quando a goleira grega defendeu uma jogada de H+ chinesa.
Surpresa, também, foram as colocações dos EUA e Canadá, campeãs e vice em Roma 2009, respectivemente, e que terminaram na 6ª e 8ª posições em Xangai. A queda da Hungria e da Espanha já era esperada, uma vez que essas seleções estão em processo de renovação.
No 3º escalão, por sua vez, quase nada mudou. A "dança das posições" em relação ao Mundial de Roma 2009 é muito relativa, sendo muito mais fruto de sorte nos sorteios e cruzamentos, do que uma diferença técnica significativa entre as equipes. Vejamos, como exemplo, as campanhas de Cuba (10º), Nova Zelândia (12º), Brasil (14º) e África do Sul (15º). Todas terminaram com apenas uma vitória (o Cazaquistão, 13º, conseguiu 2 vitórias mas também poderia entrar nessa comparação). Caso se invertesse a 10ª colocação de Cuba com a 15ª da África do Sul, não seria nenhum absurdo.
No Masculino, apesar de não termos tido uma renovação tão acentuada como no Feminino, pelo menos vimos o ressurgimento do polo aquático italiano, que há oito anos não subia no pódio do Mundial e há 17 não era campeão. A vitória italiana quebrou uma sequência de 4 títulos seguidos da Sérvia desde 2009: Mundial de Roma 2009, Copa do Mundo 2010, Liga Mundial 2010 e 2011. Se não foi uma grande partida na parte técnica, a final foi emocionante, com a diferença de gols não ultrapassando a marca de 2 o jogo inteiro. Foi mais um jogo que, além de ir para a prorrogação, só foi decidido no último ataque. A partida foi dificílima para a arbitragem, com muito corpo-a-corpo, inclusive fora dos lances de bola.
Apesar de ter perdido um pênalti no início da prorrogação, que poderia ter mudado o rumo do jogo, temos que destacar Vanja Udovicic, um jogador excepcional. Udovicic é aquele jogador que, mesmo quando você não consegue ver com precisão o número da touca, só pelo estilo da jogada você sabe que é ele, como foi o caso no 5º gol sérvio e na última jogada (espetacular) da Sérvia no tempo regulamentar.
Do lado da Itália, além dos veteranos Tempesti e Felugo, destaque para o centro Aicardi, que já havia feito uma ótima Liga Mundial.
No restante do 1º escalão, Montenegro e Espanha ficaram devendo e os EUA deram a nítida impressão que sentiram a falta de jogos, pois foram crescendo ao longo do Mundial e, depois de massacrar o Canadá, fizeram um jogaço contra a Hungria.
No 3ª escalão, a análise é parecida com o Feminino, isto é, a sorte nos cruzamentos é mais determinante para as colocações do que uma diferença técnica relevante. Como exemplo, as colocações do Japão (11º) e China (15º). Nos últimos anos, a China vem, sistematicamente, levando vantagem sobre o Japão, porém, nesse Mundial, caiu num chaveamento mais difícil.
Uma última observação é quanto a questão das mudanças na regra. Se bate muito nessa tecla, como se a pouca visibilidade do polo aquático tivesse nessa questão seu principal problema. Contudo, nesse Mundial, vimos que quando o polo aquático é bem jogado, entre equipes que se equivalem, o jogo é altamente interessante e atrativo. Mesmo em partidas em que a técnica não é o ponto alto, a emoção é garantida.

Comentários

  1. Clodoaldo,Estou trazendo aqui para você a lista dos 13 jogadores que irão participar do Pan94 em Porto rico entre os dias 3 a 12 de agosto.Os 13 atletas são:
    Goleiros:
    1-Bernardo Campos(Flamengo)95
    2-Matheus Sorrilha(SESI-SP)95

    3-Felipe Martins(Flamengo)94
    4-Guilherme Gomes(Flamengo)96
    5-Pedro Stellet(Flamengo)96
    6-Gustavo Guimarães"Grummy"(SESI-SP)94
    7-Gabriel Salgado(SESI-SP)94
    8-Henrique Lopes(SESI-SP)96
    9-Raphael Manhaes(Fluminense)94
    10-Vitor Bittencourt(Fluminense)94
    11-Pedro Vergara(Hebraica)96
    12-Guilherme Borges(Pinheiros)94
    13-Maxi Rivera(Pinheiros)94
    Abraços,Yuri Maciel.

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